Ciúme: dor de irmão

Léo, meu filho mais velho, 4 anos e meio, está com uma doença não muito rara, de fácil diagnóstico. Basta eu pegar o Rafa no colo, pra ele sentir uma dor insuportável em qualquer parte do corpo! Volto a atenção pra ele, e a dor persiste por algum tempo, até que a conversa faça com que ele esqueça aquela DOR lancinante.

Ciúme é dor de ter irmão... Antes, único reizinho, agora divide o trono - nada fácil pra quem recebeu exclusividade por 4 anos inteiros, praticamente um presidente.

Diferente de mim, que tinha 1 ano quando minha irmã do meio chegou, não era sempre que eu sentia isso. Mas, eu me lembro bem que não gostava quando meus pais faziam comparação (tenho 2 irmãs mais novas), ou quando alguém dizia que uma era mais bonita ou mais boazinha que eu. Ficava aquela raiva, aquele sentimento forte, remoendo por dentro, embora eu adorasse minhas irmãs (adoro até hoje!)

O Léo não é de agredir, nem de machucar, mas neste caso tem dado um pouco de trabalho sim. Estou encarando como algo natural, e tento ser paciente. A DOR dele tem ficado forte com o tempo, achei até que fosse diminuir, mas pelo contrário.

Bom, pra curar esta dor, tenho feito alguns 'curativos', mas eu aceito sugestões de tratamento :D

Abs!

Bronquiolite

Há mais de duas semanas, meu pequeno Rafa apresentou uma tosse chatinha. Levei ao pediatra, e ele diagnosticou como um resfriado sem muita gravidade. Indicou inalação e pingar soro no narizinho. Uma semana depois, embora sempre muito disposto, a tosse piorou e comecei a notar um som estranho, um ronco, acompanhado de um cansaço, mas sem febre. Encucada, levei novamente ao médico, mas demos com o nariz na porta, pois a clínica estava fechada! Não satisfeita, levei ao pronto socorro, e lá a pediatra que o atendeu reforçou o diagnóstico. Para ter certeza, solicitou uma chapa do pulmão, e realmente estava limpinho, mas o ronco persistia.

Dia seguinte, um sábado, viajamos, e na viagem o pequeno ficou com febre :( Daí confirmado: algo não estava bem. Levamos o Rafa pro hospital em SP, o Sabará, e lá constatei a diferença de atendimento e estrutura! Lá sim, tratava-se de um hospital de verdade, como deve ser! A médica que o atendeu, na hora, percebeu a respiração esforçada e suspeitou que pudesse ser BRONQUIOLITE. Tiramos outro raio X, tudo limpinho, mas o nível de saturação pulmonar estava no limite! Mais inalação com oxigênio e medicamento.

O que me deixou perplexa (e com raiva) é que um dia antes ele já apresentava os sintomas, e a profissional que nos atendeu no hospital em Santos não chegou no diagnóstico. Se não tivéssemos viajado, nem ido ao hospital, o estado dele poderia ter piorado! Agora está tudo sobre controle, mas fico sem saber o que fazer numa hora de emergência. Acho que a solução é subir a serra mesmo.

Gagueira Infantil - eeeee a a a a agora?

Há um tempinho atrás, quando ainda estava grávida do meu pequeno Rafael, observei uma dificuldade na fala do meu mais velho. Achei que isso pudesse ser passageiro, que era emocional por causa de ciúme, e fiquei atenta ao comportamento dele. Comentei isso na escola, e pedi para saber se algum amiguinho também estava com esta mesma dificuldade. Como criança copia muito o jeito de falar do outro, julguei que também pudesse ser isso. Depois de duas semanas, a gagueira foi diminuindo, e eu nem me esquentei muito.

Semana passada notei que a gagueira retornou com força total, desta vez com uma intensidade preocupante! Como o mês de setembro foi um período de adaptação em casa (eu retornei a trabalhar agora em outubro, depois de uma pausa de 06 meses!) achei que ele estivesse manifestando insegurança e abalo emocional na gagueira. A disfluência na fala era tão grande, que passei a imaginar meu filho adulto, um gago! Fiquei apreensiva como isso poderia refletir na infância, adolescencia, carreira, etc. Como tenho pessoas na família com um pouco de gagueira, o fator genetico poderia contar.

Como toda mãe preocupada, fui buscar informação, e tirei minhas dúvidas no site da ABRA GAGUEIRA. Para meu alívio, descobri que gagueira na infância não tem causa emocional - na verdade é uma transição natural que ocorre em algumas crianças, na fase de 2 a 5 anos, quando estão mudando a linguagem. Depois que li a respeito, confesso que fiquei aliviada.

Agora que se passaram alguns dias, a gagueira dele diminuiu muito, e notei que a linguagem dele também! Creio que o vocabulário tenha aumentado, e a forma como ele fala e comenta assuntos mudou bastante! No final das contas, achei tudo fascinante, porque aprendi mais com esta experiência. Mesmo que a gagueira dele retorne, agora sei como lidar com ela.

Nada como um dia após o outro

Quando você acha que alguma coisa não vai bem, basta dormir e pensar que o dia seguinte será outro e tudo estará melhor. Isso comigo dá certo, a não ser é claro quando a 'coisa' é muito preocupante; daí eu passo a noite em claro, pensando no problema, e no dia seguinte estou pior! Mas, não é este o caso. Bastaram alguns dias de adaptação para a nova rotina do Rafa que ele passou a comer toda a papinha do almoço! Uau! Porém, ainda fica no desespero de mamar quando chega o horário das mamadas intermediárias. O choro é doído, para ele e pra mim. Sei que é uma fase, e o dia-a-dia tornará isso mais ameno. Ainda bem que tem a companhia do irmão mais velho - quando vê o rostinho do Léo, fica mais calmo na minha ausência.

Op´s, por esta não contava!

Como registrado na postagem anterior, iniciei a fase das papinhas com o Rafa, mas esta semana que passou foi um tanto complicada para o meu pequeno. Para adaptar a nova rotina de quando eu retornar ao trabalho, passei a cortar as mamadas intermediárias do meio da manhã e do meio da tarde, e isso agiu diretamente no humor dele. De risos e gargalhadas, passou para um bebê choroso e amuado :( Também não está mais aceitando a papinha salgada, ou seja, não aceita 'almoçar'! A mamada do meio-dia eu não iria cortar mesmo, só que daria depois dele comer a papinha, mas isso me quebrou as pernas! As vezes, nem mesmo a banana ele aceita. Realmente não contava com isso, afinal com meu filho mais velho foi muito natural - ele aceitou a comida e continuou mamando até 2 anos. Torço para que seja uma fase, e que esta semana seja diferente, porque agora estou na regressiva, e em breve retorno ao ritmo do trabalho!

Primeira papinha

A primeira papinha de fruta do Rafa foi banana, no dia 02/09. No início, cara de espanto. Depois, de descoberta. Algumas colheradas depois, enjôo. Mas o saldo foi positivo. Agora adora a banana, e se puder comer uma inteira, manda pra dentro. Depois foi a vez do mamão. Também tomou gosto. Ontem iniciamos a papinha salgada, e hoje, melhor habituado com o sabor, comeu melhor. É o início de um universo de sabores no paladar do meu pequeno.

Receita de Bolo de Maçã com Aveia e Canela

Quando consigo, arrisco uma ou outra receita. Não sou muito boa nos salgados, mas bolos e doces até que me saio bem. Esta é uma receita deliciosa de bolo de maçã que peguei há anos com uma amiga das antigas.

BOLO DE MAÇÃ COM AVEIA E CANELA

Ingredientes
- 3 maçãs médias (descascadas e picadas)
- 3 ovos (gema separada da clara)
- 1 tablete de margarina (100gr)
- 1 xícara de açúcar
- 1 xícara e 1/2 de farinha de trigo
- 1/2 xícara de aveia
- 1 colher de sopa de canela em pó
- 1 colher de sopa de fermento

Modo de Preparo
Bata a margarina e o açúcar até obter um creme. Em seguida, junte as gemas, as maçãs, a farinha, a aveia e a canela, até ligar a massa. Sem o uso da batedeira, misture delicadamente a clara em neve e o fermento. Coloque a massa numa assadeira previamente untada e enfarinhada. Antes de levar ao forno, misture 1/2 xícara de açúcar com 1 colher de sopa de canela e jogue por cima da massa ainda crua. Asse em forno médio de 30 a 40 min. Ao retirar do forno, aguardar alguns minutos antes de desenformar. Você verá uma casca crocante obtida com o açúcar - ao desenformar, deixe este lado crocante para cima e salpique raspas de limão.

Dicas:
- Ao picar as maçãs, coloque algumas gotas de limão
- Ao bater a clara em neve, jogue uma pitada de bicarbonato de sódio
- Caso não tenha aveia, completemente com a própria farinha de trigo
- Varie a aveia por granola - fica muito bom

Esta é uma receita trabalhosa, mas vale a pena sentir o aroma pela casa enquanto assa, e depois deliciar as fatias com aqueles pedaços de maçãs cozidas no meio do bolo. Bom apetite!

Não enjoei, adorei!

Descobri um site bacana, pra quem gosta de moda, não quer pagar caro por uma grife, e não se importa em adquirir uma peça de segunda mão: www.enjoei.com.br O mais legal é quem já enjoou de uma peça, que está encostada no armário e não tem coragem de se desfazer dela porque custou caro. Brechó de luxo! Se não comprar nada, tá valendo só dar uma espiada, e se divertir com o texto criativo que acompanha as ofertas! Vale a pena visitar.

Retrospectiva

Mais de um ano sem blogar por aqui, pretendo documentar os últimos meses num flashback rápido, sem muitas delongas...

Enfim, minha última postagem foi em julho do ano passado, quando registrei minha saga em busca de um imóvel. Em setembro de 2008, já estava morando no meu tão sonhado apartamento, e foi quando também descobri que estava grávida! Desejavamos a segunda gravidez? Sim! Só não esperavamos que fosse de forma inesperada :P. E o danadinho nasceu em abril de 2009, cheio de saúde, e hoje nos enche de alegria com seu sorriso delicioso!

Meu pequeno está com 05 meses, iniciou a papinha de frutas, e já mostrou gosto pela comida - mas, ainda sente falta do peito, e sei que será complicado cortar as mamadas intermediárias. Desmamar aos poucos é uma tarefa difícil, mas necessária. E, claro, pretendo continuar amamentando até quando ele queira, dentro dos horários possíveis. Na madrugada, vai direto, não acorda - ajuda a mãe nisso :D

O ciúme do mais velho tem aumentado, proporcional ao tamanho do mais novo. Quanto mais gordo e engraçadinho, mais enciumado ele fica. As vezes dá dó, as vezes dá raiva, mas tenho que entender o ponto de vista dele e praticar minha paciência de monge tibetana! Estes são os prazeres e as dificuldades da maternidade.

Abs!