segunda-feira, outubro 05, 2009

Gagueira Infantil - eeeee a a a a agora?


Há um tempinho atrás, quando ainda estava grávida do meu pequeno Rafael, observei uma dificuldade na fala do meu mais velho. Achei que isso pudesse ser passageiro, que era emocional por causa de ciúme, e fiquei atenta ao comportamento dele. Comentei isso na escola, e pedi para saber se algum amiguinho também estava com esta mesma dificuldade. Como criança copia muito o jeito de falar do outro, julguei que também pudesse ser isso. Depois de duas semanas, a gagueira foi diminuindo, e eu nem me esquentei muito.

Semana passada notei que a gagueira retornou com força total, desta vez com uma intensidade preocupante! Como o mês de setembro foi um período de adaptação em casa (eu retornei a trabalhar agora em outubro, depois de uma pausa de 06 meses!) achei que ele estivesse manifestando insegurança e abalo emocional na gagueira. A disfluência na fala era tão grande, que passei a imaginar meu filho adulto, um gago! Fiquei apreensiva como isso poderia refletir na infância, adolescencia, carreira, etc. Como tenho pessoas na família com um pouco de gagueira, o fator genetico poderia contar.

Como toda mãe preocupada, fui buscar informação, e tirei minhas dúvidas no site da ABRA GAGUEIRA. Para meu alívio, descobri que gagueira na infância não tem causa emocional - na verdade é uma transição natural que ocorre em algumas crianças, na fase de 2 a 5 anos, quando estão mudando a linguagem. Depois que li a respeito, confesso que fiquei aliviada.

Agora que se passaram alguns dias, a gagueira dele diminuiu muito, e notei que a linguagem dele também! Creio que o vocabulário tenha aumentado, e a forma como ele fala e comenta assuntos mudou bastante! No final das contas, achei tudo fascinante, porque aprendi mais com esta experiência. Mesmo que a gagueira dele retorne, agora sei como lidar com ela.

3 comentários:

Eliana disse...

Alê. Assista ao vídeo abaixo. Tem boas dicas sobre como lidar com a gagueira na criança.

Gagueira na infância: como proceder?

Abraços,
Eliana

Luíza disse...

Alê, não descuide. Meu filho também apresentou uma gagueira aparentemente passageira por volta dos 4 anos. Em poucas semanas, o problema regrediu sem deixar vestígio evidente. Não achei necessário consultar um especialista e preferi deixar pra lá. No entanto, logo no início da puberdade, a dificuldade retornou do nada. Agora, as possibilidades de tratamento são bem menos eficazes. Se tivesse dado, no momento da primeira manifestação de gagueira nele, a importância devida ao problema e procurado orientação adequada, talvez ele não estivesse passando por essa dificuldade agora. Portanto, não descuide. Com gagueira não se brinca.

Ouviu Falar? disse...

Bom dia Alê, tudo bem?

Encontrei seu texto navegando pela internet e achei muito interessante. Gostaria de saber se posso reproduzi-lo no blog http://www.ouviufalar.com.br, acredito que pode informar e ajudar muito pessoas que passam pelo mesmo problema.

Você pode entrar em contato através do contato@ouviufalar.com.br, e se puder visite e participe do blog. Ele trata de audição e fala.

Muito Obrigado.