quarta-feira, outubro 21, 2009

Ciúme: dor de irmão


Léo, meu filho mais velho, 4 anos e meio, está com uma doença não muito rara, de fácil diagnóstico. Basta eu pegar o Rafa no colo, pra ele sentir uma dor insuportável em qualquer parte do corpo! Volto a atenção pra ele, e a dor persiste por algum tempo, até que a conversa faça com que ele esqueça aquela DOR lancinante.

Ciúme é dor de ter irmão... Antes, único reizinho, agora divide o trono - nada fácil pra quem recebeu exclusividade por 4 anos inteiros, praticamente um presidente.

Diferente de mim, que tinha 1 ano quando minha irmã do meio chegou, não era sempre que eu sentia isso. Mas, eu me lembro bem que não gostava quando meus pais faziam comparação (tenho 2 irmãs mais novas), ou quando alguém dizia que uma era mais bonita ou mais boazinha que eu. Ficava aquela raiva, aquele sentimento forte, remoendo por dentro, embora eu adorasse minhas irmãs (adoro até hoje!)

O Léo não é de agredir, nem de machucar, mas neste caso tem dado um pouco de trabalho sim. Estou encarando como algo natural, e tento ser paciente. A DOR dele tem ficado forte com o tempo, achei até que fosse diminuir, mas pelo contrário.

Bom, pra curar esta dor, tenho feito alguns 'curativos', mas eu aceito sugestões de tratamento :D

Abs!

sábado, outubro 17, 2009

Bronquiolite



Há mais de duas semanas, meu pequeno Rafa apresentou uma tosse chatinha. Levei ao pediatra, e ele diagnosticou como um resfriado sem muita gravidade. Indicou inalação e pingar soro no narizinho. Uma semana depois, embora sempre muito disposto, a tosse piorou e comecei a notar um som estranho, um ronco, acompanhado de um cansaço, mas sem febre. Encucada, levei novamente ao médico, mas demos com o nariz na porta, pois a clínica estava fechada! Não satisfeita, levei ao pronto socorro, e lá a pediatra que o atendeu reforçou o diagnóstico. Para ter certeza, solicitou uma chapa do pulmão, e realmente estava limpinho, mas o ronco persistia.

Dia seguinte, um sábado, viajamos, e na viagem o pequeno ficou com febre :( Daí confirmado: algo não estava bem. Levamos o Rafa pro hospital em SP, o Sabará, e lá constatei a diferença de atendimento e estrutura! Lá sim, tratava-se de um hospital de verdade, como deve ser! A médica que o atendeu, na hora, percebeu a respiração esforçada e suspeitou que pudesse ser BRONQUIOLITE. Tiramos outro raio X, tudo limpinho, mas o nível de saturação pulmonar estava no limite! Mais inalação com oxigênio e medicamento.

O que me deixou perplexa (e com raiva) é que um dia antes ele já apresentava os sintomas, e a profissional que nos atendeu no hospital em Santos não chegou no diagnóstico. Se não tivéssemos viajado, nem ido ao hospital, o estado dele poderia ter piorado! Agora está tudo sobre controle, mas fico sem saber o que fazer numa hora de emergência. Acho que a solução é subir a serra mesmo.

segunda-feira, outubro 05, 2009

Gagueira Infantil - eeeee a a a a agora?


Há um tempinho atrás, quando ainda estava grávida do meu pequeno Rafael, observei uma dificuldade na fala do meu mais velho. Achei que isso pudesse ser passageiro, que era emocional por causa de ciúme, e fiquei atenta ao comportamento dele. Comentei isso na escola, e pedi para saber se algum amiguinho também estava com esta mesma dificuldade. Como criança copia muito o jeito de falar do outro, julguei que também pudesse ser isso. Depois de duas semanas, a gagueira foi diminuindo, e eu nem me esquentei muito.

Semana passada notei que a gagueira retornou com força total, desta vez com uma intensidade preocupante! Como o mês de setembro foi um período de adaptação em casa (eu retornei a trabalhar agora em outubro, depois de uma pausa de 06 meses!) achei que ele estivesse manifestando insegurança e abalo emocional na gagueira. A disfluência na fala era tão grande, que passei a imaginar meu filho adulto, um gago! Fiquei apreensiva como isso poderia refletir na infância, adolescencia, carreira, etc. Como tenho pessoas na família com um pouco de gagueira, o fator genetico poderia contar.

Como toda mãe preocupada, fui buscar informação, e tirei minhas dúvidas no site da ABRA GAGUEIRA. Para meu alívio, descobri que gagueira na infância não tem causa emocional - na verdade é uma transição natural que ocorre em algumas crianças, na fase de 2 a 5 anos, quando estão mudando a linguagem. Depois que li a respeito, confesso que fiquei aliviada.

Agora que se passaram alguns dias, a gagueira dele diminuiu muito, e notei que a linguagem dele também! Creio que o vocabulário tenha aumentado, e a forma como ele fala e comenta assuntos mudou bastante! No final das contas, achei tudo fascinante, porque aprendi mais com esta experiência. Mesmo que a gagueira dele retorne, agora sei como lidar com ela.